Saint Clair Cemin

Currículo

Iniciou o seu percurso nas artes ainda na adolescência, como desenhista e ilustrador. Aos 22 anos vive em Paris, onde estuda gravura na École des Beaux-Arts e trabalha como ilustrador para revistas. Em 1978, muda-se para Nova York, onde se aproxima da cena artística local, o que proporciona encontros importantes para sua formação. A partir de então, abandona a gravura e parte em busca de uma produção artística mais ampla. Após um período de experimentação, o artista descobre na escultura sua vocação. Desde a década de 1990, ganha destaque no circuito artístico como escultor.

Cemin realiza esculturas em diversos materiais, como bronze, aço, vidro e mármore em obras que variam de pequenas a grandes dimensões. Combinando referências da estatuária grega antiga, do Art Nouveau e do Surrealismo a formas incorporadas de objetos cotidianos, muitos de seus trabalhos tensionam as noções de uso e função. Da mesma maneira, também explora as intersecções de suas múltiplas referências – que para além da história da arte, abarcam a filosofia, a mitologia e a literatura. Seus trabalhos apresentam ora superfícies lisas e estáticas, ora uma fatura barroca ou naturalista, habitando nas dicotomias entre movimento e placidez, brilho e opacidade, aspereza e suavidade. Cemin já desenvolveu diversos projetos de arte pública, entre eles na cidade de Reston, Virginia, e na Broadway, em Nova York, bem como elaborou as peças de decoração em bronze do Musée de la chasse et de la nature, em Paris.

Realizou sua primeira exposição individual de esculturas em 1985 na Daniel Newburg Gallery, Nova York. Desde então realizou exposições solo em importantes instituições, dentre elas: Paul Kasmin Gallery, Nova York, EUA (2018, 2016, 2014, 2012 e 1992); Robert Miller Gallery, na mesma cidade; Bolsa de Arte, São Paulo, Brasil (2015); Galerie Daniel Templon, Paris, França (2010, 2007, 1994); Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil (2009); Museo De Arte Moderno, Cidade do México, México (2002); The Arts Club of Chicago, Chicago, EUA (1999); Birmingham Museum of art, Birmingham, Reino-Unido (1998); Museo de Arte Contemporáneo, Monterrey, México (1994).

Foi homenageado na 4ª Bienal do Mercosul, em Porto Alegre, RS (2003) e participou de dezenas de exposições coletivas, das quais se destacam: Glasstress, Fondazione Berengo Art Space, Murano, Itália (2019); ​​Surrealism: The Conjured Life, Museum of Contemporary Art Chicago, EUA (2016); 10ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre, Brasil (2015); 22ª Bienal Internacional de São Paulo, SP, Brasil (1994) e IX Documenta, Kassel, Alemanha (1992).

Sua obra faz parte de diversas coleções publicas e privadas do Brasil e do exterior, entre elas: Usina de Arte, Águas Pretas, Pernambuco, Brasil; Coleção Sartori, Porto Alegre, Brasil; Inhotim Centro de Arte Contemporânea, Brumadinho, Brasil; MARGS – Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil; Museum of Contemporary Art, Chicago, EUA; Whitney Museum of American Art, New York, EUA; Museum of Contemporary Art, Los Angeles, California, EUA; Chase Manhattan Bank, New York, EUA; FNAC (Fonds National d’Art Contemporain), Paris, França; Musée de la Chasse et de la Nature, Paris, França; Telenor AS, Bergen, Noruega; Bastads Kommun, Suécia; MEIAC – Museo Extremeno e Iberoamericano de Arte Contemporáneo, Badajoz, Espanha; Centro Atlantico de Arte Moderno, Las Palmas, Gran Canaria; The Bellevue Hospital, New York, EUA; S.M.A.K., Stedelijk Museum voor Actuele Kunst, Antwerp, Bélgica; The Rose Art Museum, Brandeis University, Waltham, EUA; MASS.Sydney and Walda Besthoff Sculpture Garden at NOMA, New Orleans, EUA; Eli Broad Family Foundation, Los Angeles, EUA; Emily Fisher Landau Collection, Long Island City, EUA; Grounds for Sculpture, Hamilton, New Jersey, EUA; Motorola, Inc., Schaumburg, Illinois, EUA; Reston Town Center, Reston, Virginia, EUA; Museo de Arte Contemporaneo, Monterrey, Mexico; Rooseum Center for Contemporary Art, Stockholm, Suécia; Hakone Open-Air Museum, Hakone, Japão.